segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Congresso Tradicionalista Gaúcho

No segundo final de semana do mês de janeiro de 2010 ocorre o 57° Congresso Tradicionalista Gaúcho na cidade de Lagoa Vermelha.
Eis aqui os principais destaques dos Congressos já realizados:

1954 - a tese "O Sentido e o Valor do Tradicionalismo" - Luiz Carlos Barbosa Lessa;

1959 - João Cezimbra Jacques é escolhido Patrono do Tradicionalismo. - criação do Conselho Coordenador do Tradicionalismo Gaúcho;

1961 - aprovação da Carta de Princípios do Tradicionalismo de Glaucus Saraiva;

1966 - criação do MTG, com aprovação do Estatuto - instituído o Brasão de Armas do MTG - Hermes Gonçalves Ferreira;

1969 - aprovação do Plano Vaqueano - Hugo Ramirez;

1970 - mudança do termo "zona tradicionalista" para "Região Tradicionalista" - criação dos Concursos de Prendas do Rio Grande do Sul;

1971 - adoção do Manual de Danças Gaúchas - Paixão Cortes e Barbosa Lessa;

1972 - adoção do Manual do Tradicionalismo - Glaucus Saraiva;

1977 - aprovação do caderno nº 1 do I.G.T.F. - A História do Tradicionalismo Gaúcho - Hélio Moro Mariante;

1978 - aprovação do caderno nº 2 do I.G.T.F. - A Indumentária Gaúcha - Antônio Augusto Fagundes;

1980 - criação da Fundação Cultural gaúcha - MTG;

1981 - aprovação do estatuto da Fundação Cultural Gaúcha - MTG;

1987 - Criação da Comissão Provisória de Jovens;

1988 - instituição do Concurso Troféu Farroupilha ( Peão Farroupilha) - criação do Departamento Campeiro do MTG;

1989 - criação do Departamento Jovem do MTG;

1997 - instituição da "Semana da Paz" - proposta pelo Sr. Milton Mendes de Souza;

1998 - instituído o Hino Tradicionalista - letra e música de Luiz Carlos Barbosa Lessa - criação da Ordem dos Cavaleiros do MTG - aprovada a proposição "Diretrizes sobre Pilcha Gaúcha";

1999 - aprovadas as reformulações "Diretrizes sobre Pilcha Gaúcha";

2000 - aprovada reformulações no Brasão de Armas do MTG;

2001 - aprovado o "TCHÊNCONTRO ESTADUAL DA JUVENTUDE GAÚCHA" como EVENTO OFICIAL DO MTG - proposta de Caroline Freitas Figueiredo, 1ª Prenda Juvenil do RS, gestão 2000/2001 e Maria Izabel T. de Moura, Coordenadora da 4ª RT;

2002 - aprovado Mini Patronagens nas entidades tradicionalistas filiadas - Fábio Matos e Suelen Silva - valorização do departamento jovem em todos os seus níveis - Neimar K. Iop e Maria Cristina Iop - correspondência entre trajes sociais e pilchas gaúchas - Ivo Benfatto - Objetivo para o MTG no Ano 2002 "Tradição compartilhada: Preservando origens e construindo origens" - Ivo Benfatto - (Tese) Expansão do tradicionalismo organizado de acordo com objetivos originais - Ivo Benfatto - Os grupos de danças tradicionais, categoria adulta, somente poderão apresentar-se usando um dos trajes de época, dentro os citados abaixo, no ENART, ou eventos similares - Maria Izabel Trindade de Moura e Ilva Maria Borba Goulart.
* Estancieiro, Chiripá, Changador, Chiripá Farroupilha, Bombacha e as respectivas indumentárias femininas.

Fonte: Site oficial do MTG

Um FELIZ 2010 a todos tradicionalistas!
Um forte quebra costelas.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Estuda, tchê: Lendas Gaúchas

Buenas gauchada! Peço sinceras desculpas por não estar aparecendo muito por aqui, mas final de ano é correria demais. Rodeios, eventos, estudos, trabalhos...e por aí vai.
Segue algumas lendas gaúchas para vocês apreciarem!

Bons estudos! :)

A lenda da São Sepé
Sepé era um índio valente e bom, que lutou contra os estrangeiros para defender a terra das missões. Ele era predestinado por Deus e São Miguel: tinha nascido com um lunar na testa. Nas noites escuras ou em pleno combate, o lunar de Sepé brilhava, guiando seus soldados missioneiros. Quando ele morreu, vencido pelas armas e o número de portugueses e espanhóis, Deus Nosso Senhor retirou de sua testa o lunar, que colocou no céu do pampa para ser o guia de todos os gaúchos - é o Cruzeiro do Sul.

A lenda do Minhocão
Diz-se que na Lagoa do Armazém, em Tramandaí aparecia nas águas do minhocão, uma espécie de serpente monstruosa, muito grande, olhos de fogo verde, língua também de fogo, com pêlos na cabeça. Virava embarcações com rabanadas e comia nas margens porcos e galinhas. Hoje o povo acredita que o Minhocão deixou a lagoa e voltou para o mar.

A Moça do Cemitério
Em Porto Alegre, num ponto de taxi que fica na rua Otto Niemayer, esquina Cavalhada, às vezes aparece uma moça loira, lindíssima, usando sempre um vestido vermelho, muito bonito e chamativo. E sempre à noite. Ela toma um taxi e manda tocar para um lugar qualquer que passe pelo cemitério da Vila Nova mas, ao passar por este, ela simplesmente desaparece! Vários motoristas porto-alegrenses, muitos dos quais vivos até hoje, transportaram a moça-fantasma e repetem a mesma história.

Boitatá
Em tempos mui antigos, que as gentes mal se lembram, houve um grande dilúvio, que afogou até os cerros mais altos. Pouca gente e poucos bichos escaparam - quase tudo morreu. Mas a cobra-grande, chamada pelos índios de Guaçu-boi, escapou. Tinha se enroscado no galho mais alto da mais alta árvore e lá ficou até que a enchente deu de si as águas empeçaram a baixar e tudo foi serenando, serenando... Vendo aquele mundaréu de gente e de bichos mortos, a Guaçu-boi, louca de fome, achou o que comer. Mas - coisa estranha! - só comia os olhos dos mortos. Diz-que os viventes, gente ou bicho, quando morrem guardam os olhos a última luz que viram. E foi essa luz que a Guaçu-boi foi comendo, foi comendo... E aí, com tanta luz dentro, ela foi ficando brilhosa, mas não de um fogo bom, quente e sem de uma luz fria, meio azulada. E tantos olhos comeu e tanta luz guardou, que um dia a Guaçu-boi arrebentou e morreu, espalhando esse clarão gelado por todos os rincões. Os índios, quando viam auilo, assustavam-se, não mais reconhecendo a Guaçu-boi. Diziam, cheios de medo: "Mboi-tatá! Mboi-tatá!", que lá na língua deles quer dizer: Cobra de fogo! Cobra de fogo! E até hoje o Boitatá anda errante pelas noites do Rio Grande do Sul. Ronda os cemitérios e os banhados, e de onde sai para perseguir os campeiros. Os mais medrosos disparam, mas para os valentes é fácil: basta desaprilhar o laço e atirar a armada em cima do Boitatá. Atraído pela argola do laço, ele se enrosca todo, se quebra e se some.

O Negrinho do Pastoreio
No tempo dos escravos, havia um estancieiro, muito ruim, que levava tudo por diante, a grito e a relho. Naqueles fins de mundo, fazia o que bem entendia, sem dar satisfação a ninguém. Entre os escravos da estância havia um negrinho, encarregado do pastoreio de alguns animais, coisa muito comum nos tempos em que os campos das estâncias não conheciam a cerca de arame: quando muito alguma cerca de pedra erguida pelos próprios escravos, que não podiam ficar parados, para não pensar em bobagem... No mais, os limites dos campos eram aqueles colocados por Deus Nosso Senhor: rios, cerros, lagoas. Pois de uma feita o pobre negrinho, que já vivia sofrendo as maiores judiarias às mãos do patrão, perdeu um animal na pastoreio. Prá quê! Apanhou uma barbaridade atado a um palanque e depois, cai-caindo, ainda foi mandado procurar o animal extraviado. Como a noite vinha chegando, ele agarrou um toquinho de vela e uns avios de fogo, com fumo e tudo saiu campeando. Mas nada! O toquinho acabou, o dia veio chegando e ele teve que voltar para a estância. Então foi outra vez atado no palanque e desta vez apanhou tanto que morreu, ou pareceu morrer. Vai daí, o patrão mandou abrir a "panela" de um formigueiro e atirar lá dentro, de qualquer jeito, o pequeno corpo do negrinho, todo lanhado de laçaço e banhado em sangue. No outro dia, o patrão foi com a peonada e os escravos ver o formigueiro. Qual é a sua surpresa ao ver o negrinho do pastoreio vivo e contente, ao lado do animal perdido. Desde aí o Negrinho do Pastoreio ficou sendo o achador das coisas extraviadas. E não cobra muito: basta acender um toquinho de vela ou atirar num canto qualquer um naco de fumo.

Fonte: www.portalgaucho.com.br