quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Palavra de Presidente

Estamos novamente nos aproximando do final do ano. Durante os últimos dez meses, vencemos um número bastante expressivo de eventos, em diversas querências do nosso Rio Grande. Seria impossível – a não ser envolvendo um grande número de pessoas e de recursos, mensurar o que representa a organização de tais iniciativas para o Estado. Não me refiro unicamente aos tradicionalistas, mas inclusive aos diversos setores produtivos do Rio Grande do Sul. Paremos um minuto para pensar e logo ficaríamos impressionados. São milhões de tradicionalistas utilizando transporte, hospedagem, alimentação, e muitos outros serviços pelo Rio Grande afora.

Paralelamente, e principalmente, existe a importância imediata e primeira destas ações, que visa sempre a preservação e a manutenção dos valores do gaúcho e dos princípios e costumes por nós defendidos. Desde os eventos mais internos, voltados para o debate e a avaliação dos regulamentos e normas do tradicionalismo, como o Congresso e a Convenção, até eventos abertos ao grande público, como Festa Campeira do Rio Grande do Sul, Ciranda de Prendas, Entrevero de Peões e Enart.

Este último – o Encontro de Artes e Tradição Gaúcha, que terá sua fase final a ser realizada no terceiro final de semana de novembro, é um exemplo próximo do quão importante é o nosso trabalho.

Muito mais do que uma competição entre invernadas artísticas, trovadores e chuleadores, o Enart é um momento de integração entre os tradicionalistas e a sociedade, com o objetivo primeiro de mostrar a beleza de nossas artes. Quando participo de interregionais e mesmo quando caminho pelo Parque da Oktoberfest, e encontro jovens realizando os últimos ensaios, ali mesmo, na boca do palco, encho-me de orgulho por ter tido a honra de dirigir este Movimento. Participar de um festival como aquele, mais do que ganhar um troféu ou destaque outro qualquer, é a oportunidade de produzir uma lembrança, uma memória, que jamais será esquecida. Quem tem a chance de dançar em um tablado, improvisar uma trova, não está apenas satisfazendo uma vontade pessoal. Sem dúvida nenhuma, está levando a tradição gaúcha adiante. Está dizendo ao mundo o orgulho que sente por ter nascido nessa terra e que está ali não unicamente para ganhar ou para se diferenciar, mas principalmente para afirmar que pertence à este povo.

Para muitas pessoas, para aquelas pessoas que não conseguem compreender o sentido e o valor de pertencer e participar desse momento, a ciência de que todo este caminho continuará a ser trilhado ano após ano pode parecer exaustivo e até mesmo entediante. Para mim, que compreendo e assumo o meu compromisso como tradicionalista, a ideia de que todo este movimento será repetido pelos próximos anos é reconfortante e, mais, a certeza de que o Rio Grande do Sul continua no caminho certo. Assim, e somente assim, o Rio Grande será cada vez mais Rio Grande.

Oscar Fernande Gress
Presidente do MTG

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