Vamos conhecer agora um pouco mais sobre a trajetória dela no tradicionalismo, e também o rumo que a vida dela tomou nestes últimos anos.
1. Olá Mariana! Um orgulho contar com a sua participação aqui no Cantinho Gaúcho. Queremos conhecer um pouquinho mais sobre você... Tua cidade natal é São Borja, mas foi Prenda Estadual por Santa Rosa e depois por Santa Maria. O Rio Grande realmente te acolheu, né? E hoje, por onde andas?
Obrigada pelo convite.
Estou muito feliz de compartilhar com vocês um pouquinho da minha história e das experiências que vivi durante mais de 20 anos da minha vida. Exato, nasci em São Borja, mas morei lá só até os quatro anos. Meu pai era bancário, então, as transferências eram comuns. Assim, ainda pequena mudamos para Santa Rosa, cidade onde meus pais se conheceram e moram até hoje. Foi lá que passei grande parte da minha infância e adolescência e onde, aos sete anos, tive o primeiro contato com o tradicionalismo. Depois, como grande parte dos jovens da região, ao concluir o Ensino Médio fui para Santa Maria, uma cidade adorável que me recebeu de braços abertos e que tive a honra de representar como Prenda Adulta. Em função da vida profissional, após a graduação, mudei-me para Lajeado, onde fiquei um ano, e em seguida para Porto Alegre. Em 2012, decidi viver a experiência do intercâmbio. Fiquei um ano fora do país. Voltei para o Brasil, mas não para o Rio Grande do Sul. Hoje, moro na linda capital do Ceará, Fortaleza, mas, independente da distância, o nosso Estado continua sendo a minha referência. É onde estão as minhas origens, minha família e grande parte dos meus amigos.
Acredito que minha dedicação fez com que muitas portas se abrissem e que, em consequência, eu pudesse viver múltiplas experiências nas várias frentes do tradicionalismo. Dançar, declamar, estar avaliadora de indumentária, integrar a diretoria do MTG e ser palestrante de eventos pelo Estado e pelo país foram enriquecedores, porém, nada era mais gratificante do que estar em contato com crianças, adolescentes e adultos que pouco sabiam sobre a nossa tradição. Os projetos sociais e culturais realizados sempre serviram de inspiração na minha caminhada e servem até hoje. Lembro com carinho de vários momentos, pois tenho a absoluta certeza que plantei sementinhas de amor e orgulho pelo nosso Estado no coração de muitas pessoas.
3. Nos conte um pouquinho de sua experiência como Prenda do RS (2ª Juvenil em 2001/2002 e 1ª Adulta em 2006/2007). O que de mais importante tu levaste pra tua vida, destes anos como nossa representante?
Foram anos maravilhosos, regados por muita responsabilidade, mas, principalmente, muito aprendizado. Até hoje, quando penso que tive a oportunidade de ser por duas vezes uma das representantes da mulher gaúcha, meu coração se enche de orgulho. Quando Prenda Juvenil, realizei um sonho de juventude, representando Santa Rosa e a 3ª Região Tradicionalista, celeiro de prendas estaduais, ou seja, a responsabilidade foi muito grande. Quando Prenda Adulta, não foi diferente, pois, pelo meu histórico no concurso, a expectativa era grande. Então, além de me preparar para todas as provas, tive também que trabalhar o lado psicológico, pois costumo ser muito exigente com os meus resultados. No fim, superei, inclusive, as minhas expectativas e levei o título de 1ª Prenda do Estado para Santa Maria e para a 13ª Região Tradicionalista, depois de mais de dez anos. Destas gestões, levo as melhores lembranças, além de inúmeros amigos, alguns que considero como irmãos.
4. Que conselhos tu podes dar a todos aqueles que sonham em ostentar um título de Prenda ou Peão Estadual? Existe fórmula, receita para o sucesso?
Acredito que quando colocamos amor em nossas ações, elas não têm como dar errado. Talvez, essa seja a fórmula para o sucesso, mas, o melhor conselho que posso deixar para todas as prendas e peões é o seguinte: coloquem amor em cada passo da preparação de vocês, busquem evoluir e se dediquem muito, pois o caminho é longo e sempre podemos aprender algo novo, respeitem o próximo e jamais esqueçam do objetivo maior dos concursos, a preservação da nossa cultura.
5. E a sua vida "fora" do tradicionalismo? Que rumo tomou?
Como já disse, em 2012, decidi me aventurar pelo mundo e aprimorar a língua inglesa. Morei um ano na Irlanda, sabia que minha vida mudaria, que voltaria diferente, mas não tinha ideia de que o giro seria tão grande. Até aquele momento, o tradicionalismo fazia parte da minha rotina. Hoje, meu foco está 100% voltado para o desenvolvimento profissional - trabalho em um grupo internacional de ensino, na área do Marketing - e para a família. Além disso, em pouco menos de dois meses, subirei ao altar para oficializar uma união que teve início do outro lado do oceano.
6. Tu és formada em Jornalismo, e pode ser só impressão minha, mas vejo muitas prendas e peões que partem pra este curso, ou então fazem História. Será que tudo está relacionado às experiências no tradicionalismo?
Sem dúvida, pois as prendas e peões estão sempre realizando pesquisas e falar em público com naturalidade é um dos quesitos de avaliação. Para mim, a Ciranda e o Entreveiro são excelentes escolas para os jovens descobrirem os próprios talentos.
7. Existe algum momento na tua vida que mais te marcou? Ou algum em especial que queiras compartilhar conosco?
No meio tradicionalista, cada conquista marcou de uma forma diferente e teve um significado especial. Se fosse escolher o mais emocionante, com certeza seria o anúncio do título de 1ª Prenda do Rio Grande do Sul. Afinal, foi a consagração de anos de dedicação meus e da minha família. Não tem como esquecer!
8. Tenho certeza que tu construiu uma linda história no Movimento, deixou marcas e muito exemplo a diversas prendas e peões pelo Rio Grande a fora. Tu sentes que teu legado continuará rendendo "frutos"? O que isso significa, de mais importante, pra ti como pessoa?
Claro, "o que fazemos hoje ecoa na eternidade". Acredito que essa frase resume tudo. Sei que ajudei a escrever lindas páginas da história do Movimento e que, por cada lugar que passei, deixei um pouquinho do meu conhecimento, formando novos agentes de multiplicação da nossa tradição. É bom olhar para trás e ter a certeza de que fiz um bom trabalho.
9. Pra finalizar, deixo com muito carinho os meus agradecimentos pela sua participação aqui. Tenho certeza que todos vão adorar conhecer um pouco mais sobre a sua grandiosa trajetória em nosso Movimento. Obrigada, obrigada!
Agradeço imensamente a oportunidade. Sempre é bom recordar os doces momentos que vivi no tradicionalismo.
Galeria de fotos:
2ª Prenda Juvenil do RS 2001/2002
Gestão de Prendas do RS 2001/2002
1ª Prenda do RS 2006/2007
Gestão de Prendas e Peões do RS 2006/2007
Mari, como ja citei anteriormente, é um orgulho poder contar com a sua história aqui no blog. Podes ter certeza que tua trajetória no Movimento foi exemplo pra muitas que, assim como eu, já sonharam ou ainda sonham em ser uma das nove representantes do nosso Estado.
Parabéns por tua garra, tuas realizações, e por teu legado em nossa cultura.
Existem marcas que ficam pra sempre!
Grande abraço, com carinho.
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