quinta-feira, 13 de junho de 2019

3ª Prenda do Rio Grande do Sul - Juliane da Cruz Carvalho

Olá queridos!

Hoje começo aqui no blog a série de posts com apresentação das novas representantes da juventude do nosso Estado. As Prendas do Rio Grande do Sul, que conquistaram seus tão sonhados títulos no último mês de maio, começam a nos contar um pouquinho sobre suas trajetórias no Movimento, e é claro, falam sobre a missão de ser Prenda do Estado.

Iniciamos com Juliane da Cruz Carvalho, que nos representa como 3ª Prenda do Rio Grande do Sul.


"Olá, sou Juliane da Cruz Carvalho, tenho 25 anos de idade e sou natural da cidade de Novo Hamburgo, mas cresci e me tornei tradicionalista em Portão. Me formei em Direito no ano de 2018 e desde então trabalho como Advogada.

Iniciei no mundo dos CTGs aos 9 anos de idade através da dança. Ainda na categoria mirim e juvenil fui 1ª Prenda da entidade que na época fazia parte, no entanto considero que me tornei tradicionalista mesmo aos 17 anos, quando já Prenda Adulta comecei a entender o tradicionalismo (que havia algo maior que simplesmente danças e competições, que estávamos em um grande movimento organizado, que valoriza a cultura, as tradições, e que também preza por uma sociedade melhor).




Foi em 2012 que participei pela primeira vez de uma Ciranda Regional de Prendas e no ano seguinte participei de um concurso estadual. Tudo era novidade, mas cada momento vivido era extremamente importante para mim. E naquele momento passei a conhecer muitas pessoas, fazer várias amizades... Muitas das pessoas que fui conhecendo se tornaram grandes inspirações (pois busco seguir os passos de Prendas e Peões que não desistiram do sonho de ser Prenda/Peão e que seguem no tradicionalismo independentemente de cargos).

A minha decisão de buscar um título estadual se deu ao finalizar minha primeira gestão regional. Naquele momento decidi seguir no tradicionalismo por mais um tempo sem cargos, mas com a ideia de no futuro participar de outra Ciranda de Prendas. Então em 2015 comecei a trilhar novamente a caminhada dentro da entidade, em 2016 na Região (mesmo ano em que participei do 31º Rodeio Internacional de Vacaria, conquistando o título de Mais Prendada Prenda) e participando da 47ª Ciranda Estadual em Bagé, ficando em 4º lugar e com a grande dúvida: encerrar ali o sonho ou buscar ele mais uma vez, mesmo sabendo que necessitaria conciliar a preparação com o final da faculdade, com a prova da Ordem dos Advogados e com o início de vida profissional... Foi então a segunda opção que escolhi e fui me organizando conforme ia tendo tempo...

Sou das que acreditam que 'quem quer dá um jeito' e então abri mão de momentos com meus amigos (como festas e jantares) para me preparar para o concurso Regional (em 2018) e para o Estadual (agora em 2019).



Quanto a preparação para a prova escrita, acabei não parando o estudo (sempre que conseguia fazia alguma prova, lia algum livro ou preparava materiais para estudar com outras pessoas)... E deixei para reler toda a bibliografia indicada entre dezembro/18 e março/19 fazendo novos resumos e questões (os quais usei como revisão em abril e maio).

Quanto aos projetos e mostra folclórica, logo que passou o Regional já os idealizei, tentando deixar o mais pronto possível ainda em 2018, para que 2019 pudesse apenas ensaiar (a prova artística) e estudar.

Para a artística e oral busquei ajuda de pessoas que me passassem apoio e, principalmente, que me auxiliassem a acreditar em mim. Sentia muita falta de confiança, sentia medo de errar... Então tentei trabalhar esse medo e não apenas buscar conhecimento e preparação.

Vejo que não há um segredo, uma fórmula para ser Prenda (ou para se preparar para ser uma), pois cada pessoa tem seus pontos fortes e suas fragilidades, então cada indivíduo necessita de um tempo diferente para fazer cada coisa.

Para conciliar a preparação com o dia-a-dia, vejo que é necessário vontade e determinação, é necessário saber o que realmente se quer (e o que se está disposto a abrir mão para isso)... Durante minha preparação tentava não deixar que ela 'atrapalhasse' meu trabalho ou minha vida acadêmica (enquanto ainda estudava), por isso a cada momento livre usava para estudar ou preparar algo para o concurso... Não deixava acumular os trabalhos ou estudo. Aproveitava o horário de almoço, os intervalos de aula para fazer o que precisava fazer... Ah, e também (uma dica para quem quiser kkk) não deixava de dormir! Uma mente descansada rende muito mais que uma cansada, então preferia estudar duas horas e dormir 7 a estudar 4 e dormir 5. E nos dias que conseguia estudar mais, sempre fazia pausas (de 20 minutos que fosse).


E até essa é uma das dicas que dou para quem está se preparando: não tente aprender tudo de uma só vez! É melhor ir com calma e com organização. E, acima de tudo: NÃO DESISTAM DOS SONHOS! ELES SEMPRE VALEM A PENA.

Todas as dificuldades que encontramos no caminho têm uma razão, nada acontece por acaso, então alguns momentos que pensamos em desistir servem pra nos fazer refletir o porquê de querermos tanto algo... E refletindo isso vemos a grandiosidade do nosso sonho...

Finalizando, desejo que 2019/2020 seja um período de muitas amizades e aprendizado, que enquanto gestão possa auxiliar o Movimento Tradicionalista Gaúcho e a sociedade como um todo. Que possa ver a juventude tradicionalista como um exemplo a ser seguido, por suas (nossas) ideias, valores e trabalho.

Um grande abraço,
Juliane da Cruz Carvalho
3ª Prenda do Rio Grande do Sul, 2019/2020."

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