O Regionalismo é uma corrente do Romantismo, movimento que derrubou ainda no século passado e no mundo todos os padrões do Classicismo.
O Regionalismo gauchesco começou na prosa com Caldre e Fião, gaúcho na Côrte e com José de Alencar, cearence na Côrte. O primeiro escreveu o romance “O Corsário” (1851) e “A Divina Pastora” e o segundo escreveu o romance “O Gaúcho” (1865). Na poesia, o Regionalismo gauchesco começou com Bernardo Taveira Junior, com suas “Provincianas” (1874) e Múcio Teixeira com suas “Flores do Pampa” (1872), ambos já pertencendo ao movimento porto-alegrense, de cunho regionalista chamado Paternon Literário, de junho de 1868, em plena Guerra do Paraguai. Antes deles, é claro, das poesias folclóricas, só os Sonetos de Monarca, de Caldre e Fião. O Paternon Literário vai consagrar Apolinário Porto Alegre, como prosador. Depois surgirão na prosa, Roque Collage, João Mendes de Taquari, Luiz Araújo Filho, João Simões Lopes Neto, Alcides Maya, Dercy Azambuja, Érico Veríssimo e Barbosa Lessa, além de outros. Na poesia aparecem Manoel do Carmo “Cantares da minha terra”, Ramiro Barcelos “Antonio Chimango” Vargas Neto, Pery de Castro, Manoelito de Ornelas, Augusto Meyer, Waldemar Correia, Glaucos Saraiva, Jayme Caetano Braun, Apparício Silva Rillo e muito gente boa mais, a ponto de justificar a fundação da “Estância da Poesia Crioula”, verdadeira academia de letras do Regionalismo gauchesco.
Mas o Regionalismo não se exaure apenas na prosa e no verso. Existe entre nós e é muito forte também no canto e na música, através de discos, a cada ano. Existe nas artes visuais, como esculturas e pinturas. Nas artes cênicas, como em peças de teatro e ballet, no rádio, no cinema, na televisão. Tudo isso é Regionalismo.
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