Rinha de Galo
No RS, se realiza de maio a janeiro, quando os galos mudam as pernas, não se depenam, porque sangram.
Para tirar criação, os galistas acasalam um galo "sangue" com uma galinha "índia" também chamada de "china".
Os animais começam a ser treinados aos dez meses, para a rinha com um ano a um ano e meio.
A partir dos cinco meses os galos ficam presos, cortam-se as penas das pernas, fumenta-se com cachaça e ervas e deixam o galo no sol para obter músculos enrijecidos e pernas vermelhas para o combate. Protegem o galo com uma biqueira e batoque ou retovo (peça de metal ou couro, colocadas sobre as esporas do galo).
Existem exercícios de mão do galista (floreio): o galo é jogado para o alto para fortalecer as asas.
Forçam o galo a abaixar-se 20 vezes por dia, estes treinamentos são chamados de "batida".
A cada 20 minutos de luta o galo é massageado. Quando um galo "canga", imobiliza-o.
Cancha Reta
As corridas de cancha reta, deve ser em um terreno firme. Podem ter quatro trilhos ou caminhos com uma distância de um metro do outro, com comprimento de 200 a 500 metros.
Um "bandeirista", chamado de "verdor de mau jogo", confirma a saída dos cavalos e o juíz, ou "senteciador", anuncia o vencedor.
Quando correm apena dois animais, diz-se CARREIRA, quando participam três ou mais, diz-se PENCA ou CALIFÓRNIA.
O corredor ou ginete usa uma "festa" ou "tala" para fustigar o animal e, para picar, usa espora ou esporim.
O final da raia chama-se "sentença". Diz-se que um cavalo "ganha luz", quando ultrapassa o adversário de corpo inteiro.
Jogo de Osso ou Tava (ou Taba)
Chegou com os espanhóis, com a fundação de Buenos Aires, em 1580, este jogo popularizou-se.
A PISTA- mede sete passos e meio entre a cabeceira e a raia. Deve-se delimitar onde o osso deve cair. As proximidades da raia são constantemente umidecidas para que o osso não "pique", ou seja, ao bater no chão duro não deve tornar a saltar.
O OSSO- tava, astrágalo, osso extraído do jarrete da rês.
O lado mais liso é "culo" e a face côncave é "suerte". Geralmente as tabas são ferradas, mas diz-se que a tava está "carregada" ou "chumbada", quando está viciada, preparada para cair da maneira desejada pelo jogador.
O JOGO- o osso é lançado das cabeceiras da pista para o centro, onde existe a raia, dividindo a pista. Os jogadores inclinados, atiram o osso de "volta e meia" ou de "duas voltas" (as maneiras mais comuns). De "roldana", quando a tava vai girando sempre.
Ao cair, deve ficar "clavado", ou seja firme com o culo ou suerte para cima: se cair de lado, repete o lance, porque não houve ganhador.
Tejo
De origem espanhola vigente na região da fronteira.
O Tejo pode ser um pedaço de telha ou pedra arredondada em formato de moeda, ou moedões de chumbo.
Com a faca é riscado no chão um retângulo de 40x30 com um buraco pequeno onde caiba o tejo. Na borda do buraco, crava-se a faca, e na direção desta traça-se, no chão, uma raia de 10 a 15 passos de distância, onde se colocam os jogadores, para fazer o arremesso.
O tejo se cair dentro do buraco é 4 pontos, se bater na faca ou palo ou sobre a linha divisória conta 2 pontos, e se cair dentro do retângulo é 1 ponto. Batendo no palo e cair no buraco somam-se 6 pontos.
Mora
Característico na região italiana. Dois jogadores abrem a mão ao mesmo tempo, e canta, cada um, um número de um a dez. A soma do que os dois cantarem, dá um ponto a quem tiver acertado. Como é considerado melhor jogador quem tiver chamado primeiro, o jogo fica muito rápido.
Existem três tipos de Mora, a Mora Ponto Parola, Mora Corrida e a Mora Cantada.
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