quarta-feira, 13 de junho de 2012

Estuda, tchê: Culinária Gaúcha

Almôndegas de charque
Existem de dois tipos: 1) charque picado com toucinho e 2) charque desfiado, passando em ovos e farinha de mandioca. Esta última, em Palmares do Sul, é chamada "almôndega da tia Ricarda".

Engasga-gato
Ensopado com pedaços de charque da manta da barrigueira, exclusivamente.

Cola-gaita
Ensopado e pirão de farinha de mandioca com espinhaço de ovelha.

Cadela-oveira
Refogado que se faz, de manhã cedo, na região de Viamão até Palmares do Sul e Mostardas (sobretudo para a peonada e safristas) com restos de comida da noite anterior: frita-se uma cebola na gordura e aí se põe o que sobrou do feijão, do arroz, da carne, da massa, tudo bem mexido, às vezes até com farinha de mandioca e ovos. Come-se com o café da manhã.

Cabo-de-relho
Quase o mesmo que cadela-oveira, mas na Fronteira-Oeste.

Fervido
É um sopão com muito vegetal e osso com carne, sobretudo o caracu, com um tutano grosso e saboroso. Quando tirar está pronto, retiram-se com escumadeira as partes sólidas e o caldo, grosso e espesso é mexido com farinha de mandioca. O fervido tem um leve parentesco com o cozido português, mas nada a ver com o puchero.

Puchero
Na Espanha, puchero é uma panelinha (de barro, de ferro, de alumínio) onde se faz uma caldeirinha. No Prata e no RS, puchero é um sopão com muito vegetal e carne do peito (às vezes com costela e até linguiça), mas sem tutano e sem pirão. Um sopão.

Sôrda
Prato comum na região do Litoral norte do estado, Palmares do Sul e Mostardas. É de origem açoriana, a açorda, ou sopa d'açorda. Tem caldo, leva muitos vegetais, linguiça (ou peixe, ou até carne), uma parte de pirão, ovos duros derramados diretamente no caldo que sobra ou no pirão e tempero verde, ainda, por cima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário