sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Estuda, tchê: Principais líderes e personagens da Revolução Farroupilha


General Bento Gonçalves da Silva
Nascido em Bom Jesus do Triunfo, foi o principal líder na revolução. Militar renomado, já havia participado da Guerra da Cisplatina, participando da batalha do Passo do Rosário. Era um rico estancieiro, mas veio a morrer quase na miséria, de pneumonia, em Pedras Brancas (atual cidade de Guaíba), na casa do amigo Gomes Jardim, em 1847. Está enterrado em Rio Grande, onde foi erigido um monumento tumular. 


Giuseppe Garibaldi
Nasceu em Nizza (hoje Nice, França, na época Itália dominada por Napoleão), em 4 de julho de 1807. Aprendeu a navegar com o pai, e participou da libertação italiana do jugo austríaco. Foi trazido ao Brasil pelo Conde Livio Zambeccari, através da maçonaria, e conheceu Bento Gonçalves quando este ainda estava preso na Ilha do Mar na Bahia. 
Foi durante a República Juliana que conheceu Anita Garibaldi. 


Anita Garibaldi
Nascida Ana Maria de Jesus Ribeiro em Laguna, em 30 de agosto de 1821. Por insistência materna, casou-se aos 14 anos com Manuel Duarte de Aguiar, que, após três anos, abandonou a esposa para se juntar ao exército imperial. Alegando abandono, pediu desquite (separação) e voltou a morar com a mãe. Aos 18 anos, conhece Garibaldi na tomada de Laguna e por ele se apaixona, tornando-se sua companheira de lutas. Com ele teve quatro filhos. Mulher de personalidade forte e corajosa, fugiu com o primogênito recém-nascido nos braços ao ter a casa cercada por imperiais, além de ter atravessado o rio Pelotas a nado, junto de um cavalo, para fugir dos caramurus. 


General Antonio de Souza Neto
Nascido em Povo Nôvo, distrito do Município do Rio Grande, a 11 de fevereiro de 1801, provinha de troncos açorianos e paulistas. Seu pai, o estancieiro José de Souza Neto, nascido no Estreito em 1764, era filho de açorianos - Francisco de Souza Soares e dona Ana Alexandra Fernandes; sua mãe, dona Teotônia Bueno da Fonseca, natural de Vacaria, era filha de paulistas descendentes de bandeirantes - Salvador Bueno e dona Inácia Antônia Bueno. 
Em 1º de junho de 1836, participou do ataque a Rio Grande sem sucesso. Após a Batalha do Seival, proclamou a República Rio-Grandense, no Campo dos Menezes, a 11 de setembro de 1836. Lutou em diversas batalhas pelos republicanos, tendo comandado o cerco a Porto Alegre durante vários meses, e a retomada de Rio Pardo, que estava nas mãos dos imperiais.


General Davi Canabarro
Juntou-se tardiamente à revolução, começando como tenente. Galgando postos, se tornou comandante quando Bento Gonçalves passou a ele a liderança, em 1843. Negociou a paz com o Barão de Caxias. 


Coronel Onofre Pires
Juntamente com Gomes Jardim, acampou na Azenha e invadiu a capital, depondo Fernandes Braga, em 20 de setembro de 1835. Em outubro de 1836, foi também preso na Ilha do Fanfa, e morreu em 1844, de infecção por causa de ferimento causado por Bento Gonçalves, em seu lendário duelo. 


Coronel Gomes Jardim
José Gomes de Vasconcelos Jardim, foi o presidente da República Rio-Grandense, quando Bento Gonçalves não pode assumir, e invadiu Porto Alegre juntamente com Onofre Pires, iniciando a Revolução Farroupilha. 


Vicente da Fontoura
Antônio Vicente da Fontoura, era anti-separatista e foi Ministro da Fazenda da República Rio-Grandense. Foi escolhido por unanimidade, entre os principais chefes farroupilhas, para negociar com o Governo Imperial as condições de Paz. Foi à corte onde defendeu os direitos riograndenses, levando-os a uma compreensão mais justa da delicada questão. Em dezembro de 1844, ao retornar ao Rio Grande do Sul, percorreu em prol da pacificação a Província de acampamento em acampamento, divulgando as condições de armistício a fim de reintegrar o Rio Grande no Brasil. 


Bento Manuel
Bento Manuel Ribeiro foi o militar que trocou de lado duas vezes durante a revolução. Iniciou do lado farrapo, passou para o lado imperial, voltou para o lado farrapo e, depois de dois anos de neutralidade, lutou até o fim da guerra pelos imperiais. 


Duque de Caxias
Luis Alves de Lima e Silva, antes da Revolução tinha o título de Barão. Foi o negociador da paz do lado imperial e tornou-se o presidente da província ao fim da guerra. 


Pedro Boticário
Junto com Domingos José de Almeida, foi um dos mais ferrenhos defensores da deposição de Fernandes Braga. Foi preso na Ilha do Fanfa junto com outros farrapos. Ao tentar fugir da prisão, não consegue passar por ser muito gordo e, em solidariedade, Bento Gonçalves desiste da fuga, onde escaparam Onofre Pires e Corte Real. Ficou preso até o fim da Revolução, quando recebeu anistia.


Teixeira Nunes
Joaquim Teixeira Nunes comandou, juntamente com Vicente de Almeida, os Lanceiros Negros. Era reconhecido como líder abolicionista e defensor dos direitos dos negros. Morreu em 26 de novembro de 1844. 

Vicente de Almeida
Vicente Ferrer de Almeida, no posto de capitão, comandou o corpo de Lanceiros Negros farroupilhas, em inúmeros combates. Foi ministro na República Rio-Grandense no período em que Caçapava era a capital.

General Domingos Crescêncio de Carvalho
Comandante da 4ª Brigada do Exército Liberal Republicano. Organizador do jornal “O Povo”, foi impedido de publicar seu livro sobre a revolução ao fim da mesma. 

General João Manuel de Lima e Silva
Dividiu o exército farrapo em quatro brigadas, entregando-as a Neto (1ª), Antônio da Silveira (2ª), José Mariano de Matos (3ª) e Domingo Crescêncio (4ª). Foi o segundo presidente da República Rio-Grandense, assumindo em 1º de dezembro de 1836. 
 
General João Antonio da Silveira
O sexto e último general do exército republicano. Marciano Pereira Ribeiro: Primeiro presidente da Assembléia Provincial de 1835, pertencente ao Partido Liberal.

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