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Livro - Curso de Tradicionalismo Gaúcho
de Antônio Augusto Fagundes
CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DO RS
1531 – Os navegantes portugueses Martim Afonso de Souza e Pero Lopes, sem desembarcar nas praias gaúchas, batizam com o nome de Rio Grande de São Pedro.
1626 – O padre jesuíta Roque Gonzales de Santa Cruz, nascido no Paraguai, atravessa o rio Uruguai e funda o povo de São Nicolau.
1634 – O padre jesuíta Cristobal de Mendoza Orellana introduziu o gado nas Missões Orientais.
1641 – Os jesuítas são expulsos do Rio Grande do Sul pelos bandeirantes depois de fundarem 18 reduções.
1680 – Portugal resolve marcar presença na região sul: Dom Manuel Lobo funda a Colônia do Santíssimo Sacramento.
1682 – Voltam os jesuítas espanhóis ao solo gaúcho fundando primeiro São Francisco de Borja, o mais antigo núcleo urbano do RS. Entre 1682 e 1701 fundaram 8 missões, das quais 7 prosperaram: São Francisco de Borja, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Miguel Arcanjo, São Lourença Martin, São João Batista e Santo Ângelo Custódio.
1750 – Assinado o Tratado de Madri entre Espanha e Portugal, pelo qual os portugueses dão aos espanhóis a Colônia do Sacramento e recebem em troca os 7 povos das Missões. Os padres não se conformam com a troca e os índios missioneiros se revoltam. Vai começar a chamada Guerra das Missões.
1756 – 7 de fevereiro morre Sepé Tiarayu, junto a Sanga da Bica. (São Gabriel). Três dias depois ocorre o massacre de Caiboaté (São Gabriel). Em Caiboaté foi vencida a resistência missioneira definitivamente. Ao abandonarem as missões oss jesuítas carregaram o que puderam e incendiaram lavouras, casas e até igrejas.
1762 – Assinado o Pacto de Família, que anulou praticamente o Tratado de Madri.
1763 – Tropas espanholas invadem o Brasil apoderando-se do Forte de Santa Tereza e da cidade de Rio Grande e São José do Norte. Neste período começa a brilhar um herói autenticamente gaúcho: Rafael Pinto Bandeira.
1776 – Os espanhóis são expulsos do Rio Grande. Mas o forte jamais foi recuperado, hoje está em território uruguaio.
1780 – O cearense Domingos José Martins funda em Pelotas a primeira charqueada.
1801 – Três heróis rio-grandenses, conquistam para Portugal os 7 Povos das Missõrs, aumentando em 1/3 o mapa do RS. São eles: José Borges do Canto, Manoel dos Santos Pedroso e Gabriel Ribeiro de Almeida.
1808 - A família Real foge para o RJ.
1815 – Tropas brasileiras tomam Montevidéo anexando o Uruguai ao Brasil com o nome de Província Cisplatina.
1822 – Independência do Brasil.
1824 – A 18 de julho desembarcam em Porto Alegre os primeiros 39 colonos alemães. A 25 de julho eles se instalam nas margens do rio dos Sinos, na Real Feitoria do Linho Cânhamo, hoje a cidade de São Leopoldo.
1827 – A 20 de fevereiro acontece a Batalha do Passo do Rosário, onde tropas uruguaias e argentinas, que haviam invadido o RS, se enfrentam com tropas brasileiras. Onde morreu Marechal José de Abreu, chamado por seus soldados o “Anjo da Vitória. Não houve vencedores.
1828 – É proclamada definitivamente a independência do Uruguai.
1835 – Explode a Revolução Farroupilha. A 20 de setembro, os revolucionários comandados por Bento Gonçalves da Silva tomam Porto Alegre.
1836 – A 11 de setembro Antônio de Souza Neto, proclama a República Rio-grandense, depois de uma vitória sobre as forças imperiais no Seival. Nesse mesmo ano, Bento Gonçalves é aprisionado após a batalha da ilha do Fanfa e enviado para o Forte do Mar, na Bahia. O governo da nova república se instala em Piratini e Bento Gonçalves é eleito presidente, como está preso assume José Gomes de Vasconcelos Jardim. Piratini é a primeira Capital.
1837 – Organiza-se o governo republicano. São nomeados Generais: Antonio de Souza Neto, João Manoel de Lima e Silva, Bento Gonçalves da Silva e mais tarde David Canabarro, Bento Manoel Ribeiro e João Antonio da Silveira. Nesse mesmo ano, a maçonaria consegue dar fuga a Bento Gonçalves da Silva, que de volta ao RS assume a presidência da República.
1839 – A marinha de guerra da nova república está sob comando efetivo de José Garibaldi (Giuseppe). Os farrapos decidem levar a República ao Brasil. Um exército comandado por David Canabarro e apoiado pela Marinha de Garibaldi proclama em Santa Catarina a República Juliana. Neste mesmo ano a capital da República rio-grandense passa a ser Caçapava.
1841 – A capital passa a ser Alegrete.
1842 – Bento Gonçalves, no começo deste ano, se bate de frente com Onofre Pires, que morre. Após o duelo Bento Gonçalves entrega o governo e o comando do exército republicano.
1845 – A 28 de fevereiro os farrapos assinam a paz com o Império do Brasil no acampamento do Ponche Verde, em Dom Pedrito.
1847 – Morre Bento Gonçalves da Silva, em Pedras Brancas, hoje Guaíba.
1851 – Antigos farrapos, ao lado de seus ex-inimigos, agora todos fazendo parte do exército imperial brasileiro, derrotam o ditador Rosas na Argentina.
1864 – Os gaúchos tomam parte na invasão do Uruguai e na derrota de Oribe.
1865 – Em conseqüência da guerra no Uruguai, o ditador paraguaio Francisco Solano Lopes, declarando guerra ao Brasil, invade o RS, em São Borja. Começa a chamada Guerra do Paraguai. Nesse mesmo ano o Brasil faz aliança com o novo governo Uruguaio e com a Argentina e os paraguaios invasores são cercados em Uruguaiana, onde se rendem às tropas da Tríplice Aliança.
1868 – Começa o movimento messiânicos dos Mukers, em Sapiranga, liderado por Jacobina Mauer.
1870 - Termina a Guerra do Paraguai com a morte de Francisco Solano Lopes. Mais de 1/3 das tropas brasileiras era constituído por gaúchos, inclusive velhos heróis de 35, como David Canabarro e Antonio de Souza Neto.
1874 – Os Mukers, depois de três ataques do exército brasileiro e da Guarda Nacional, são finalmente derrotados.
1875 – Começa a imigração italiana no RS, estes passaram a ocupar as encostas da Serra.
1880 – Começa no RS a propaganda republicana brasileira, aproveitando os antigos símbolos farrapos.
1888 – A abolição da escravatura é proclamada no Brasil. O negro veio para o pampa em 1726, com a frota de João de Magalhães.
1889 – É proclamada a República no Brasil. No RS o homem do momento é Júlio de Castilhos (republicano). Deixa de existir Províncias e passam a chamar-se Estados.
1893 – Começa a Revolução Federalista contra o Governo Republicano chefiado por Júlio de Castilhos. Os revolucionários (federalistas) eram os maragatos. Os que eram a favor do governo usavam o lenço branco, mais raramente o verde, chamados de Pica-paus.
1895 – Assinada a paz entre Maragatos e Pica-paus termina a chamada Revolução de 93.
1897 – É finalmente vencida a resistência de Canudos na Bahia. A vitória só foi alcançada com uma carga de lanças dos cavalarianos gaúchos do Coronel Carlos Teles, de Bagé.
1902 – O movimento messiânico conhecido como “Os monges do Pinheirinho”, em Encantado é massacrado pela Brigada Militar.
1917 – Funda-se o primeiro frigorífico no RS.
1923 – A Aliança Liberal, chefiada por Assis Brasil, deflagra uma revolução contra o governo Republicano de Borges de Medeiros. Novamente lutam nas coxilhas gaúchas maragatos e governistas, mas estes agora, são chamados de Chimangos. A paz só é alcançada no fim do ano no Castelo de Assis Brasil, em Pedras Altas, Pelotas.
1924 – Jovens tenentes liderados pelo Capitão Luiz Carlos Prestes levantam nas Missões militares e civis contra o governo brasileiro, de Artur Bernardes. Vai começar a odisséia da Coluna Prestes.
1930 – Chimangos e maragatos marcham lado a lado na revolução que derruba o presidente brasileiro Washington Luiz e coloca no poder Getúlio Vargas.
1932 – Revolta em São Paulo e no RS contra o governo de Getúlio Vargas.
1935 – Começa no Lagoão, município de Soledade, o movimento messiânico conhecido como “Os Monges Barbudos do Lagoão”.
1937 – O RS tenta resistir à ditadura de Getúlio Vargas, mas o Presidente do Estado, Flores da Cunha, prefere evitar o banho de sangue e se asila em Montevidéu. Instalada a ditadura varguista, é proibido nos Estados o uso de símbolos estaduais.
1938 – “Os Monges Barbudos do Lagoão” são trucidados pela Brigada Militar.
1945 – O ditador Getúlio Vargas é derrubado, volta a democracia e o RS recupera os seus símbolos estaduais.
Contribuição: Caroline Scariot - 2ª Prenda do RS
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