Ela nos trás um pouco sobre a sua vida no tradicionalismo. Suas experiências, expectativas, aprendizados e realizações.
"A minha caminhada começou cedinho... dancei em invernada mirim,depois parei e retornei com 12 anos. Assim que voltei a dançar participei do meu 1º concurso.Concorri na categoria juvenil e conquistei o 1º lugar. Em casa sempre tive o total incentivo de meus pais, meu pai sempre dançou e foi professor de dança na juventude, ele e minha mãe fizeram um casamento gaudério... minha mãe chegou de charrete, meu pai à cavalo e todos, inclusive o padre, estavam pilchados durante a cerimônia. Um conjunto instrumental tocou e meu pai até arriscou um sapateio no altar, mas foi repreendido pelo padre. Bom, sempre vivi nesse meio, e cresci com meu pai falando que seria um orgulho ter uma filha prenda. Eram indiretas, não chegava a ser pressão, e eu também sempre gostei.
Por motivos particulares tive que trocar de entidade, e quando cheguei fui logo me informando sobre o concurso interno de prendas. Sendo assim, no mesmo ano concorri na categoria adulta, conquistando o 1º lugar. A partir dai comecei a frequentar encontros de prendas e me envolver mais no meio tradicionalista, o que não acontecia na minha antiga entidade... comecei também a aperfeiçoar minha declamação, já que nasci pra cantar.
Fui percebendo que existem dois tipos de prendas de faixa. Existem aquelas que recebem seu titulo e usam a gestão para aprender, cultuar as tradições e representar da melhor maneira possível a sua entidade, e aquelas que são as 'prendas vitrine'. Decidi então que não seria a 2ª opção. Temos em minha entidade um casal de coordenadores culturais que nos dão todo o apoio necessário, esclarecem duvidas, nos incentivam e junto com a patronagem nos carregam em eventos pra lá e pra cá.
A cada evento, a cada ciranda, a cada conquista ou derrota a vontade de continuar ativa no CTG cresce. Como diz a minha mãe, eu nasci pra ser prendinha... já não sei me imaginar sem uma faixa, sem promover eventos e viajar todo final de semana. Procuro passar isso pras outras prendas também, pra que elas aprendam a gostar e levem adiante o trabalho que as prendas de cada gestão iniciam.
Minha gestão regional termina em junho e no mês de agosto retorno concorrendo em minha entidade. Meu sonho é levar o nome do meu CTG aos 4 cantos do estado conquistando um titulo de Prenda Estadual."
2ª Prenda da 9ª RT 2010/2011
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