sexta-feira, 27 de julho de 2012

MTG vai à Escola - Dicas

Bom dia Prendas e Peões :)

Conforme solicitado, venho trazer algumas dicas para a realização do Projeto "MTG vai à Escola".
De acordo com as Portarias elaboradas pela Vice Presidência de Cultura do MTG, devemos estar atentas à quantidade de visitas e séries indicadas para cada categoria.

Alguns itens a serem destacados:
- Para a realização das atividades previstas no projeto “MTG VAI A ESCOLA” as prendas deverão estar acompanhadas de um integrante do Departamento Cultural da Região Tradicionalista e ou da entidade a que pertencer, exceto nos casos em que a concorrente estiver cursando ou possuir habilitação em magistério, pedagogia e ou em áreas afins.
- Deve ser solicitada a permanência da professora da classe na sala.
- Os temas trabalhados devem ter o foco na cultura tradicionalista gaúcha e estar coerente com a escolaridade da prenda.
- As atividades devem ser realizadas no decorrer do período da gestão como prenda.
- A comprovação deverá ser feita através de um atestado expedido pela escola, com carimbo constando a data e horários em que a prenda permaneceu na escola, série trabalhada, conteúdos desenvolvidos e número de alunos envolvidos.

É solicitada a realização de duas ações para as categorias Juvenil e Adulta e, sendo assim, sempre tentei diferenciá-las dando um enfoque mais "teórico" na primeira e, mais "prático" na segunda. Quanto às séries, geralmente procuro realizar com crianças, entre 2º e 4º ano do Enino Fundamental, por me parecer mais fácil criar atividades e conseguir um bom envolvimento delas na prática pedagógica, levando em conta também que eles se mostram mais acessíveis à se envolverem na realização das atividades, demostrando claramente o contentamento com tal projeto.

Dentre as atividades que costumo realizar posso destacar algumas:
- De início, procuro realizar uma pequena explanação sobre o Tradicionalismo Gaúcho em geral, destacando rapidamente a Revolução Farroupilha, em que época deu-se início ao Movimento organizado, qual a função dos Centros de Tradições Gaúchas, as atividades realizadas, o significado das faixas de Primeira Prenda que ostentamos e o porquê da realização do Projeto.

- A Pilcha Gaúcha quase sempre é tema de alguma visita, onde se mostra e se explica cada um dos itens de nosso traje. Se a escola possuir Data Show é bacana levar uma apresentação com fotos de pilchas históricas até chegar na atual, ressaltando a evolução das mesmas e a "moda" que também existe nos galpões. Importante lembrar que existe a lei da Pilcha Gaúcha onde a oficializa como traje de honra e preferencial em todo o Rio Grande do Sul e, as Diretrizes da Pilcha Gaúcha que delimitam o que é correto e permitido. Por se tratar de crianças, é legal que eles recebam algum desenho com uma Prenda e um Peão para colorir.

- Nossas Lendas e Mitos são tão antigos que muitos já ouviram falar de pelo menos alguns. Podemos levar ao encontro deles essas histórias que carregam consigo muito de nossa cultura, ressaltando os aspectos regionais e transformando-as em pequenos contos infantis. Cabe a cada Prenda se preparar e adquirir certa didática... afinal não podemos simplesmente contar a lenda como está descrita nos livros, e sim ter todo um conhecimento para abrangê-la e fazê-la ser entendida pelas crianças. Podemos pedir no encontro anterior que os alunos pesquisem em casa ou perguntem para os pais uma lenda que eles conhecem, trazendo nesta visita o nome dela para compartilhar com os colegas. A partir disto, inicia-se a explanação da Prenda sobre algumas delas.

- Os Símbolos Cívicos e Sociais do Rio Grande do Sul nos dão um resumido conhecimento sobre vários aspectos de nossa Cultura. É bastante importante que este assunto faça parte dos Projetos, que se explique e apresente estes relacionando-os com nossa história. Cada um deles tem um grande significado para os gaúchos e isto também deve ser passado à crianças, ao invés de simplesmente dizer quais são. Pode-se fazer uma tabelinha com as imagens e as datas comemorativas de cada um para entregar às crianças.

- Iniciando algumas dicas de atividades mais práticas, logo menciono as Brincadeiras e Brinquedos Folclóricos. É possível confeccionar com os alunos alguns, como Bilboquê reciclável (com garrafa Pet) e Cinco Marias com retalhos de tecido. É preciso uma organização prévia para tal, solicitando que levem na aula combinada alguns materiais que serão utilizados, e então se realize uma oficina em que cada aluno confeccionará seu próprio brinquedo. Vários outros podem ser comentados, como a tradicional pipa, a bolita de gude, boneca de pano, pião, esconde-esconde, elástico, brincadeiras e cantigas de roda, amarelinha, etc. Mais importantes que a apresentação destes, são o momento da brincadeira no pátio (que deve ser realizada com autorização da professora/escola) e a conscientização ao final da aula. Temos a missão de mostrar para estas crianças que existem diversas maneiras de se divertir sem estar na frente do Vídeo Game, Televisão ou Computador, inclusive, maior diversão que a brincadeira propriamente dita, é confeccionar seu próprio brinquedo. Peçam que as crianças conversem com os pais e avós sobre estas brincadeiras. Certamente todos eles terão boas histórias a contar!

- Voltando à questão dos Símbolos, indico uma oficina de Chimarrão. Todos (ou quase todos) já vão ter experimentado ao menos uma vez nossa bebida típica, e vários outros irão dizer já ter experiência em prepará-lo. Leve os avios do mate e prepare-o junto com os alunos, se possível leve ou pegue na escola mais alguma cuia e bomba para que algum aluno que nunca tenha feito, vá até a frente e faça junto com você. É importante que eles coloquem a "mão na massa" e aprendam na prática. Assim que os mates estiverem prontos, faça um círculo com os alunos e apresente a eles a roda de chimarrão, juntamente com os 10 mandamento do mate e o significado dos acompanhamentos. Se haver interesse, conte a Lenda do Chimarrão.

- É claro que uma de nossas maiores expressões de cultura não pode ficar de fora. Realize uma oficina de Danças Tradicionais e de Salão. Pode ser em dois encontros diferentes, pois é de suma importância a amostragem dos dois tipos de danças, diferenciando cada uma delas. Faça uma breve apresentação, convide alguns integrantes do Dep. Artístico de sua entidade e monte uma mini invernada. Ensiná-los a dançar Pezinho, Maçanico, Vaneira (algumas das danças mais fáceis), faz com que eles criem um maior interesse em saber mais, e quanto mais este interesse floresce, maior as chances destas crianças terem vontade de conhecer e talvez até participar de uma Invernada Artística.

Essas são algumas das atividades que costumo aplicar nos projetos, sempre buscando algo novo e práticas diferenciadas. Espero que seja de grande ajuda! Quaisquer dúvidas, estou sempre à disposição. Desde já, desejo muito sucesso à todos que estão iniciando neste mundo mágico dos prendados. Os concursos internos são apenas o início!

Grande abraço, e um ótimo final de semana galerinha!

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