Estamos novamente nos aproximando do final do ano. Durante os últimos dez meses, vencemos um número bastante expressivo de eventos, em diversas querências do nosso Rio Grande. Seria impossível – a não ser envolvendo um grande número de pessoas e de recursos, mensurar o que representa a organização de tais iniciativas para o Estado. Não me refiro unicamente aos tradicionalistas, mas inclusive aos diversos setores produtivos do Rio Grande do Sul. Paremos um minuto para pensar e logo ficaríamos impressionados. São milhões de tradicionalistas utilizando transporte, hospedagem, alimentação, e muitos outros serviços pelo Rio Grande afora.
Paralelamente, e principalmente, existe a importância imediata e primeira destas ações, que visa sempre a preservação e a manutenção dos valores do gaúcho e dos princípios e costumes por nós defendidos. Desde os eventos mais internos, voltados para o debate e a avaliação dos regulamentos e normas do tradicionalismo, como o Congresso e a Convenção, até eventos abertos ao grande público, como Festa Campeira do Rio Grande do Sul, Ciranda de Prendas, Entrevero de Peões e Enart.
Este último – o Encontro de Artes e Tradição Gaúcha, que terá sua fase final a ser realizada no terceiro final de semana de novembro, é um exemplo próximo do quão importante é o nosso trabalho.
Muito mais do que uma competição entre invernadas artísticas, trovadores e chuleadores, o Enart é um momento de integração entre os tradicionalistas e a sociedade, com o objetivo primeiro de mostrar a beleza de nossas artes. Quando participo de interregionais e mesmo quando caminho pelo Parque da Oktoberfest, e encontro jovens realizando os últimos ensaios, ali mesmo, na boca do palco, encho-me de orgulho por ter tido a honra de dirigir este Movimento. Participar de um festival como aquele, mais do que ganhar um troféu ou destaque outro qualquer, é a oportunidade de produzir uma lembrança, uma memória, que jamais será esquecida. Quem tem a chance de dançar em um tablado, improvisar uma trova, não está apenas satisfazendo uma vontade pessoal. Sem dúvida nenhuma, está levando a tradição gaúcha adiante. Está dizendo ao mundo o orgulho que sente por ter nascido nessa terra e que está ali não unicamente para ganhar ou para se diferenciar, mas principalmente para afirmar que pertence à este povo.
Para muitas pessoas, para aquelas pessoas que não conseguem compreender o sentido e o valor de pertencer e participar desse momento, a ciência de que todo este caminho continuará a ser trilhado ano após ano pode parecer exaustivo e até mesmo entediante. Para mim, que compreendo e assumo o meu compromisso como tradicionalista, a ideia de que todo este movimento será repetido pelos próximos anos é reconfortante e, mais, a certeza de que o Rio Grande do Sul continua no caminho certo. Assim, e somente assim, o Rio Grande será cada vez mais Rio Grande.
Oscar Fernande Gress
Presidente do MTG
Blog do MTG
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