quinta-feira, 21 de junho de 2018

Do tradicionalismo para a vida - Tuanny Prado Flores

Bom diiaa!

Voltamos hoje com mais textinho super especial na série "Do tradicionalismo para a vida".

Vamos conhecer Tuanny Prado Flores, que vem lá da 12ª RT nos contar um pouquinho sobre a sua trajetória enquanto tradicionalista :)









"Meu nome é Tuanny Prado Flores, sou jornalista e atualmente uma das colaboradoras do jornal Eco da Tradição.

Minha vida no tradicionalismo iniciou no ano 2000, quando entrei na invernada mirim do CTG Domadores do Rincão, de Sapucaia do Sul, 12ª RT, entidade essa que ficava localizada a poucos metros da minha casa. Nesse mesmo ano, poucas semanas antes do concurso interno, resolvi concorrer à Prenda Mirim. Eu estava então com 9 anos de idade, e a timidez não me permitiu falar muito com os jurados enquanto fazia meu tricô. Como disseram 'as agulhinhas insistiam em tremer'. Minha forma de comunicar maior foi com balançadas de cabeça para concordar ou discordar de algo que me era perguntado.

Mesmo assim, eu contava com horas de fitas em que minha mãe havia gravado todo o conteúdo da prova escrita, e passava muito tempo do meu dia escutado aquela narração que ela pacientemente fez. Todo esse trabalho (que foi muito mais dela do que meu) me concedeu a faixa inesperada de 2ª Prenda Mirim da entidade.

No ano seguinte, com um preparo maior, concorri novamente e aí me tornei a 1ª Prenda Mirim, porém concursos regionais ainda não estavam em meus planos.

Somente em 2005, ano em que eu não era prenda de entidade, fui indicada ao meu primeiro concurso regional, representando minha entidade como Prenda Juvenil. Eu havia passado todo o ano de 2004 concorrendo em concursos de Mais Prendada Prenda, numa época em que os temas de oral eram sorteados exatamente na hora da apresentação, sem o tempo prévio de preparação. Quando cheguei ao regional, o regulamento já havia mudado novamente, e tornado o que conhecemos hoje. Eu não era vista como favorita, na verdade, entrei para a prova escrita ouvindo o pessoal dizer que eu disputaria no máximo o 2º lugar, justamente por toda aquela timidez que eu carregava desde mirim. Mas na hora do resultado, a surpresa de conquistar o 1º lugar.

A fase de juvenil foi a que mais contribuiu para o meu crescimento pessoal. Foi o que me fez pegar um microfone e comandar eventos para prendas e patrões sem medo de falar. Hoje em dia, as pessoas nem acreditam que como mirim eu não dizia uma palavra em frente a uma comissão.

Fui prenda regional por mais duas gestões depois dessa. 1ª Prenda adulta em 2007/2008 e novamente, 1ª Prenda em 2013/2014, dessa vez representando o CPCG Gerciliano Alves de Oliveira. Em todas as três oportunidades, representei minha região na Ciranda Cultural de Prendas, fase Estadual, sendo que nas duas vezes que concorri à adulta, fiquei em 5º lugar.

No último concurso, dediquei todo meu tempo ao conteúdo da prova escrita, pois um dos meus principais objetivos era gabaritá-la, desejo que consegui alcançar.

Após esse concurso, me afastei dos eventos tradicionalistas, mas nunca deixei de atuar por seus interesses. Para meu Trabalho de Conclusão de Curso, na graduação de Jornalismo, desenvolvi um trabalho sobre como as mídias de massa que consumimos, ainda tem dificuldades de apresentar o tradicionalismo para as pessoas que não possuem conhecimento do assunto e como as redes sociais e blogs (aqui mesmo como o Cantinho Gaúcho), são importantes para a divulgação cada vez maior da nossa cultura.

Ainda na faculdade, realizei juntamente com um grupo de colegas, uma reportagem especial contando a história e a importância da Força B das danças no Enart. Reportagem que rendeu a nós o Prêmio MTG de Jornalismo.

O tradicionalismo faz parte da minha vida há 18 anos, e nesse período causou uma transformação muito grande em mim. Auxiliou-me em atividades escolares, empregos, acabou com aquela guria que colocava um papel no rosto para se esconder durante uma apresentação de trabalho e colocou no lugar uma que não se importa em pegar um microfone e ir para frente de uma câmera. Além disso, possibilitou-me conhecer pessoas e lugares incríveis, de importância história, cultural e social, e fazer amigos por todo o Rio Grande do Sul.

Este ano, retorno mais ativamente ao Movimento, agora atuando em seu veículo de comunicação, o Eco da Tradição, o que faz me sentir honrada em poder levar cada vez mais longe a nossa cultura e ajudá-la a mantê-la viva por muitos e muitos anos ainda."

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