O post de ontem, intitulado "Coloque teu filho em um CTG" já alcançou mais de 50 mil visualizações! Só tenho a agradecer, e muito, o carinho de todos!
Rumo a 100 mil??? hehehe
OBRIGADA!
E por aqui vamos apresentar mais um peão com a sua história tradicionalista!
Conhecer tantos jovens está sendo uma delícia... ler tantas vivendas lindas dá ainda mais certeza do quanto é bom viver em Centros de Tradições Gaúchas s2
Vem ler a história de Christyan Afolter da Rosa Pereira.
"Minhas cordiais saudações tradicionalistas a todos os leitores deste blog tão querido por todos nós tradicionalistas. Me chamo Christyan Afolter da Rosa Pereira, tenho 18 anos, estou indo para o 3º Semestre do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas na Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, sou de Encruzilhada do Sul, cidade conhecida pelas atividades da vitivinicultura, fruticultura e ovinocultura, e importantíssima culturalmente por ainda possuir as manifestações dos folguedos Ternos de Reis e Bumba-meu-Boi, além disso, foram com as uvas de minha cidade que foi produzido o vinho da Copa do Mundo de 2014, “Faces”, da Lídio Carraro.
Minha cidade teve como primeiros povoadores rio-pardenses, lagunenses, paulistas e açorianos, sendo que estes últimos imprimiram em nossa gente o caráter hospitaleiro, festeiro, alegre e religioso. Participo do Centro de Tradições Gaúchas Sinuelo da Liberdade (onde sou 2º Peão), desta mesma cidade, filiado a 5ª Região Tradicionalista.
Minha caminhada tradicionalista começou desde que nasci, embora fosse frequentar o CTG somente a partir de 2006. Quando nasci, meu avô materno, Alcino Teixeira da Rosa, que considero um dos maiores exemplos de tradicionalista, me deu uma cuia e uma bomba, e alguns meses depois, a camisa do meu Centro de Tradições Gaúchas, que na época, ainda era PTG. Meu avô era sócio assíduo da entidade, participava com frequência e ia na maioria dos eventos promovidos, porém eu ia em alguns bailes e jantares, acompanhado dos meus pais.
Minha caminhada tradicionalista começou desde que nasci, embora fosse frequentar o CTG somente a partir de 2006. Quando nasci, meu avô materno, Alcino Teixeira da Rosa, que considero um dos maiores exemplos de tradicionalista, me deu uma cuia e uma bomba, e alguns meses depois, a camisa do meu Centro de Tradições Gaúchas, que na época, ainda era PTG. Meu avô era sócio assíduo da entidade, participava com frequência e ia na maioria dos eventos promovidos, porém eu ia em alguns bailes e jantares, acompanhado dos meus pais.
Em 2006, minha mãe acreditava que eu deveria realizar alguma atividade além dos estudos escolares, ocupar o tempo vago com um hobbie que me fornecesse aprendizados. Foi assim que em 2006 participei de um Curso de Danças de Salão na outra entidade de minha cidade. O curso ocorreu da metade até o final do ano, e de certa forma, não foi concluído, pois não foi realizada formatura. Em julho de 2007, minha mãe ficou sabendo que estava sendo organizada no “Sinuelo” (como carinhosamente chamamos nossa entidade) uma invernada mirim. O resultado é que eu, mesmo contra vontade, fui levado até lá, e acabei gostando e participando da invernada. Em setembro, durante a Semana Farroupilha, realizamos nossa primeira apresentação. A invernada prosseguiu com as atividades, e em novembro de 2007, fomos conhecer o FEGAES (Festival Gaúcho Estadual Estudantil, realizado anualmente em Cachoeira do Sul), pois na impossibilidade de dançar pela inexperiência que tínhamos, fomos assistir a invernada juvenil e observar como era um concurso de invernadas artísticas.
Segui dançando, e em julho de 2008, após o Concurso Regional, foi anunciado que haveria o Concurso de Prendas e Peões da entidade. Eu não tenho muitas lembranças dessa época, lembro só das prendas e peões e do Departamento Cultural incentivando a todos para participar do concurso, e de muitas “junções” na minha casa para treinar a declamação, montar o Relatório de Atividades e Vivência Tradicionalista (sim, neste concurso precisávamos promover ao menos uma atividade, participar de quatro eventos e anexar a nossa vivência).
Segui dançando, e em julho de 2008, após o Concurso Regional, foi anunciado que haveria o Concurso de Prendas e Peões da entidade. Eu não tenho muitas lembranças dessa época, lembro só das prendas e peões e do Departamento Cultural incentivando a todos para participar do concurso, e de muitas “junções” na minha casa para treinar a declamação, montar o Relatório de Atividades e Vivência Tradicionalista (sim, neste concurso precisávamos promover ao menos uma atividade, participar de quatro eventos e anexar a nossa vivência).
Nesta época concorri na categoria Piá (pois essa categoria existe há muito tempo em minha região). Nas minhas pesquisas sobre cultura gaúcha na internet, lembro-me de ver o retrato e a entrevista de uma pessoa que admiro muito, e tenho grande carinho, Janine Appel – 1ª Prenda do RS 2007/2008, que sonhei em encontrar e abraçar desde 2008, realizando esse sonho no ENART deste ano (com direito a selfie). No concurso interno, eu estava indo para participar, não tinha intenção de ganhar. No dia do concurso, fiquei nervoso, esqueci o final do texto da minha prova oral (História do CTG Sinuelo), e duas estrofes da poesia. Lembro de sair da artística chorando muito. No hora do resultado, recordo de estar perto da copa, em pé, roendo as unhas de tanto nervosismo, sozinho, na espera da categoria. Tive grande surpresa ao ver meu nome anunciado como 1º Piá do CTG Sinuelo da Liberdade 2008/2009. A partir daí comecei a trabalhar muito para o concurso regional... estudei muito, promovi mais eventos, treinei a declamação, aprendi as provas campeiras (pois no interno havia sido Mostra Folclórica sobre Brinquedos, e na região seria Campeira).
Nesta gestão, realizamos uma edição do Resgate dos Ternos de Reis, promovido pelo meu CTG desde 2000, onde saímos entoando cantigas descritas por Paixão Côrtes e trajando a pilcha gaúcha.
No concurso regional de 2009, consegui a “façanha” de gabaritar a Prova Escrita e fazê-la em 3 minutos (passando para a grade em 4 minutos, e totalizando sete minutos, para a surpresa de todos), mas ainda assim esqueci a poesia e o final do texto da prova oral, o que me deixou muito chateado, pois costumo cobrar muito de mim, em tudo o que faço. Trago desse concurso a amizade de uma das avaliadoras, a querida repórter da Folha do Mate, Beatriz Colombelli, da 24ª RT, a qual tenho um carinho enorme.
Conquistei o 1º lugar neste concurso, e acredito que foi o resultado de uma preparação muito intensa (estudei as férias escolares inteiras, refiz provas de concursos, fiz resumos e muitas leituras, montei três cadernos de material, os quais ainda tenho; e até junho, não mais estudei, somente revisei poucas coisas na semana do concurso). Neste ano, minha participação foi bem “rala”, me dediquei muito ao colégio, mas participei de compromissos mais próximos e auxiliei alguns participantes do CTG na preparação para o concurso regional. Um momento inesquecível desta gestão foi a participação no Acendimento da Chama Crioula na Fazenda do Sobrado, em São Lourenço do Sul. Em 2010, me afastei do CTG, com o motivo de “descansar”, o que até hoje me deixa triste.
Em 2013, meu avô materno, “Cici” como toda a cidade o chamava, foi assassinado em um assalto, ele era taxista, e tenho de certa forma orgulho de ser o último da nossa família a ter contato (o que me dá também um certo remorso por este contato ser bem de forma diária, dizer um “tchau, até logo”, sem um abraço e por ele estar com pressa para realizar uma corrida). Meu avô era uma pessoa simples e humilde, quase sem estudos, de um coração puro e bondoso, querido por todos, um tradicionalista de ideais, de bons costumes e de vivência farta. Um mês e meio depois, entrei na Invernada Juvenil do meu CTG disposto a continuar aquele hábito do qual ele tanto gostava de assistir, e tinha tanto orgulho de dizer aos amigos que eu era o neto dançador dele, levando o seu exemplo e seus valores onde quer que eu fosse, sempre defendendo o justo e o correto.
No concurso regional de 2009, consegui a “façanha” de gabaritar a Prova Escrita e fazê-la em 3 minutos (passando para a grade em 4 minutos, e totalizando sete minutos, para a surpresa de todos), mas ainda assim esqueci a poesia e o final do texto da prova oral, o que me deixou muito chateado, pois costumo cobrar muito de mim, em tudo o que faço. Trago desse concurso a amizade de uma das avaliadoras, a querida repórter da Folha do Mate, Beatriz Colombelli, da 24ª RT, a qual tenho um carinho enorme.
Conquistei o 1º lugar neste concurso, e acredito que foi o resultado de uma preparação muito intensa (estudei as férias escolares inteiras, refiz provas de concursos, fiz resumos e muitas leituras, montei três cadernos de material, os quais ainda tenho; e até junho, não mais estudei, somente revisei poucas coisas na semana do concurso). Neste ano, minha participação foi bem “rala”, me dediquei muito ao colégio, mas participei de compromissos mais próximos e auxiliei alguns participantes do CTG na preparação para o concurso regional. Um momento inesquecível desta gestão foi a participação no Acendimento da Chama Crioula na Fazenda do Sobrado, em São Lourenço do Sul. Em 2010, me afastei do CTG, com o motivo de “descansar”, o que até hoje me deixa triste.
Em 2013, meu avô materno, “Cici” como toda a cidade o chamava, foi assassinado em um assalto, ele era taxista, e tenho de certa forma orgulho de ser o último da nossa família a ter contato (o que me dá também um certo remorso por este contato ser bem de forma diária, dizer um “tchau, até logo”, sem um abraço e por ele estar com pressa para realizar uma corrida). Meu avô era uma pessoa simples e humilde, quase sem estudos, de um coração puro e bondoso, querido por todos, um tradicionalista de ideais, de bons costumes e de vivência farta. Um mês e meio depois, entrei na Invernada Juvenil do meu CTG disposto a continuar aquele hábito do qual ele tanto gostava de assistir, e tinha tanto orgulho de dizer aos amigos que eu era o neto dançador dele, levando o seu exemplo e seus valores onde quer que eu fosse, sempre defendendo o justo e o correto.
Em junho daquele ano, fui assistir o Entrevero Cultural de Peões na cidade de Pântano Grande, onde conheci uma pessoa muito especial que estava avaliando este concurso: Márcia Couto Walty, uma pessoa a qual tenho grande carinho, e com quem conversei poucos minutos, porque a ocasião não dava tempo e nem oportunidade, mas que me deu um impulso para voltar a concorrer. Dois meses depois, concorri a Guri na minha entidade, embora não tivesse idade para prosseguir, porém minha vontade de possuir um crachá em cada uma das três categorias falava mais alto. Dediquei aquele ano a participar de alguns eventos, me atualizar, auxiliar a gestão e me preparar para o concurso do próximo ano. Participei do Tchêncontro em Espumoso (onde apresentamos a Stern Polka), da Mostra do ENART sobre Literatura Regional (com a pesquisa da vida e obra de Marina de Quadros Rezende, ilustre professora de Rio Pardo, mais precisamente com a Lenda da Nossa Senhora da Boa Morte) e do Congresso Tradicionalista em Porto Alegre (realizando um sonho: o de conhecer, mesmo fora de época, o Parque da Harmonia).
Em 2014, concorri a Peão na entidade e ganhei mais uma amiga, minha “mãe adotiva” (como a chamo carinhosamente) e eterna avaliadora Ana Betina Jahn... uma pessoa maravilhosa, que me inspira a me dedicar e a dar o melhor de mim, cujos conselhos expressos nas planilhas me fizeram melhorar em muitos quesitos do concurso... inclusive, num evento em que palestrei a convidei para me auxiliar na palestra sobre Preparação e Lado Psicológico dos Concursos, juntamente com o Gilvânio, seu marido (outra pessoa incrível, gente fina, assim como ela, ambos sempre dispostos a ajudar pelo tradicionalismo), e a Ângela, amiga deles, uma grande pessoa, de uma simpatia contagiante, também conhecedora destas lidas.
Em 2015, o Concurso Regional... posso afirmar que foi o concurso em que fiquei mais tranquilo até então, embora tivesse mais três concorrentes. Consegui ir bem e superar algumas dificuldades, e assim fui Peão Farroupilha da 5ª Região Tradicionalista 2015/2016. Nesta época, eu estava no terceiro ano do Ensino Médio, tinha ENEM e vestibular pela frente, estava com problemas financeiros (meu pai, que é proprietário de uma fábrica de ferraduras, com a situação do Mormo, teve uma queda brusca nas vendas), e sempre havia dito que meu objetivo era o de representar a entidade no Regional, que a minha participação no Estadual dependeria da situação a qual me encontrasse após o concurso... assim sendo, fui obrigado a adiar meu sonho. Deu o acaso que no dia do Entrevero Estadual, eu estava em saída de campo da faculdade na cidade de São Francisco de Paula, o que me garantiu que não era para ser naquele momento a minha ida ao estadual, confirmando tudo o que aconteceu.
Em 2016, mais uma vez concorri na entidade, com o intuito de tirar 2º lugar e auxiliar a gestão no que fosse necessário, e trabalhar pela entidade... e atualmente, tenho planejado a realização de alguns eventos. Minha participação no ENART deste ano me trouxe presentes valiosíssimos: conheci pessoalmente pessoas que admirava de longe (como Ana Paula Labres, Márcia Gusi e Carla Thoen, exemplos de dedicação e conhecimento na causa tradicionalista, além de realizar o sonho de conhecer a Janine, que marcou e muito por ser uma tradicionalista incrível e admirável, defensora do certo e do justo, e por ter ideais tão parecidos com os meus) e aqueles reencontros regados a fotos e abraços, como no caso da “tia” Vera Otton, pessoa incrível, que tenho um afeto e admiração enormes.
Antes de encerrar este relato, vou comentar uma parte da minha história que comento com todas as prendas e peões mais novos no Movimento, que muitas vezes gera situações um pouquinho desagradáveis, mas que defendo sempre, onde quer que eu ande: 'Sou do tempo em que as Prendas e Peões trabalhavam por um ideal comum... o sonho não era algo particular, sonhado sozinho. Todos sonhavam. Todos embarcavam, todos cooperavam, não importando a colocação, para que aquele colega atingisse seu objetivo. Sou de uma época em que os eventos não eram como tantos montados a partir de uma foto única no banner (como ocorre muito pelo Rio Grande a fora). Fazíamos eventos de qualidade; buscávamos dar o melhor de nós. Os eventos poderiam ter somente três pessoas assistindo, mas eles eram feitos com a mesma qualidade que estariam se estivessem lotados. Havia união, havia disciplina, haviam obrigações. Se necessário abrir mão de jantar nos eventos promovidos pela entidade, ser o último a jantar por recolher fichas na fila do buffet, ou engraxar a pilcha andando com uma bacia a tira-colo entre as mesas recolhendo os pratos e talheres das mesas após o jantar e antes do baile, das prendas e peões entrarem na pista para abrir o baile e ‘chamarem’ o povo para dançar, ou dos peões tirarem as senhoras desacompanhadas que estivessem com vontade de dançar... enfim, sou da época da fila de prendas e peões parada na porta da entidade cumprimentando a todos que chegavam, dando as boas vindas. Época de simpatia, de elegância e de trabalho duro'.
Agradeço a oportunidade de compartilhar minha história, e sou grato a todos que me ajudaram a chegar até aqui, principalmente a Deus e a meus pais, Cláudia e Marco Edilso, que estão sempre comigo, em todos os momentos. Cito também pessoas como Joana Paula Koller e Franciele Fabis (1ª Prenda Adulta e 1ª Prenda Juvenil do CTG Sinuelo da Liberdade 2007/2008, respectivamente, que foram algumas das responsáveis por hoje eu me encontrar inserido no mundo dos concursos de peões), Maria Cristina da Rosa (minha prima querida, “parenta” como a chamo, por ser a maior incentivadora além das gurias para o meu primeiro concurso, exemplo de sabedoria e dedicação a minha entidade, e Diretora Cultural da 5ª RT 2014-2015), Karen Kollet (minha cultural de 2008, avaliadora de 2013 e conselheira/ ajudante de 2015), Liane Cardoso (amiga de sempre, tradicionalista de fato), Luiz Clóvis Vieira (Coordenador da 5ª RT desde 2009, uma pessoa gigante, e que antes de ser Coordenador, acima de tudo é amigo e parceiro das prendas e peões), Carmem Carvalho (Diretora Cultural da Região 2008-2013), Yone Abero (minha eterna Patroa do CTG Sinuelo, quantas saudades tuas), Neri Ferreira Lopes e Cleomar Lourenço (patrões do CTG Sinuelo da Liberdade que viram e acompanharam minhas últimas gestões). Antes da despedida, aproveito este espaço para homenagear e elevar meu pensamento para abraçar os grandes tradicionalistas do meu CTG que já partiram, e que servem de exemplo até hoje para mim, além de fazerem uma falta tamanha: Alcino Teixeira da Rosa (meu avô Cici), Dinorah Soares Duarte, Mário Bezerra Duarte, Alcione Cid, Manoel Marques, Rosane Castilho de Freitas...
Desculpem se esqueci de alguém fundamental (neste caso, peço perdão e lhe denoto gratidão) porém não quero abusar muito deste espaço... Aproveito para me colocar a disposição a toda prenda e peão que necessite de auxílio, ajuda ou simplesmente queira trocar ideias (não tenho uma carreira tradicionalista vasta, tampouco conheço todas as coisas, mas estou sempre pronto para ajudar e trocar ideias, além de adorar uma boa prosa; contem comigo, não precisa ter vergonha, só chamar).
Em 2014, concorri a Peão na entidade e ganhei mais uma amiga, minha “mãe adotiva” (como a chamo carinhosamente) e eterna avaliadora Ana Betina Jahn... uma pessoa maravilhosa, que me inspira a me dedicar e a dar o melhor de mim, cujos conselhos expressos nas planilhas me fizeram melhorar em muitos quesitos do concurso... inclusive, num evento em que palestrei a convidei para me auxiliar na palestra sobre Preparação e Lado Psicológico dos Concursos, juntamente com o Gilvânio, seu marido (outra pessoa incrível, gente fina, assim como ela, ambos sempre dispostos a ajudar pelo tradicionalismo), e a Ângela, amiga deles, uma grande pessoa, de uma simpatia contagiante, também conhecedora destas lidas.
Em 2015, o Concurso Regional... posso afirmar que foi o concurso em que fiquei mais tranquilo até então, embora tivesse mais três concorrentes. Consegui ir bem e superar algumas dificuldades, e assim fui Peão Farroupilha da 5ª Região Tradicionalista 2015/2016. Nesta época, eu estava no terceiro ano do Ensino Médio, tinha ENEM e vestibular pela frente, estava com problemas financeiros (meu pai, que é proprietário de uma fábrica de ferraduras, com a situação do Mormo, teve uma queda brusca nas vendas), e sempre havia dito que meu objetivo era o de representar a entidade no Regional, que a minha participação no Estadual dependeria da situação a qual me encontrasse após o concurso... assim sendo, fui obrigado a adiar meu sonho. Deu o acaso que no dia do Entrevero Estadual, eu estava em saída de campo da faculdade na cidade de São Francisco de Paula, o que me garantiu que não era para ser naquele momento a minha ida ao estadual, confirmando tudo o que aconteceu.
Em 2016, mais uma vez concorri na entidade, com o intuito de tirar 2º lugar e auxiliar a gestão no que fosse necessário, e trabalhar pela entidade... e atualmente, tenho planejado a realização de alguns eventos. Minha participação no ENART deste ano me trouxe presentes valiosíssimos: conheci pessoalmente pessoas que admirava de longe (como Ana Paula Labres, Márcia Gusi e Carla Thoen, exemplos de dedicação e conhecimento na causa tradicionalista, além de realizar o sonho de conhecer a Janine, que marcou e muito por ser uma tradicionalista incrível e admirável, defensora do certo e do justo, e por ter ideais tão parecidos com os meus) e aqueles reencontros regados a fotos e abraços, como no caso da “tia” Vera Otton, pessoa incrível, que tenho um afeto e admiração enormes.
Antes de encerrar este relato, vou comentar uma parte da minha história que comento com todas as prendas e peões mais novos no Movimento, que muitas vezes gera situações um pouquinho desagradáveis, mas que defendo sempre, onde quer que eu ande: 'Sou do tempo em que as Prendas e Peões trabalhavam por um ideal comum... o sonho não era algo particular, sonhado sozinho. Todos sonhavam. Todos embarcavam, todos cooperavam, não importando a colocação, para que aquele colega atingisse seu objetivo. Sou de uma época em que os eventos não eram como tantos montados a partir de uma foto única no banner (como ocorre muito pelo Rio Grande a fora). Fazíamos eventos de qualidade; buscávamos dar o melhor de nós. Os eventos poderiam ter somente três pessoas assistindo, mas eles eram feitos com a mesma qualidade que estariam se estivessem lotados. Havia união, havia disciplina, haviam obrigações. Se necessário abrir mão de jantar nos eventos promovidos pela entidade, ser o último a jantar por recolher fichas na fila do buffet, ou engraxar a pilcha andando com uma bacia a tira-colo entre as mesas recolhendo os pratos e talheres das mesas após o jantar e antes do baile, das prendas e peões entrarem na pista para abrir o baile e ‘chamarem’ o povo para dançar, ou dos peões tirarem as senhoras desacompanhadas que estivessem com vontade de dançar... enfim, sou da época da fila de prendas e peões parada na porta da entidade cumprimentando a todos que chegavam, dando as boas vindas. Época de simpatia, de elegância e de trabalho duro'.
Agradeço a oportunidade de compartilhar minha história, e sou grato a todos que me ajudaram a chegar até aqui, principalmente a Deus e a meus pais, Cláudia e Marco Edilso, que estão sempre comigo, em todos os momentos. Cito também pessoas como Joana Paula Koller e Franciele Fabis (1ª Prenda Adulta e 1ª Prenda Juvenil do CTG Sinuelo da Liberdade 2007/2008, respectivamente, que foram algumas das responsáveis por hoje eu me encontrar inserido no mundo dos concursos de peões), Maria Cristina da Rosa (minha prima querida, “parenta” como a chamo, por ser a maior incentivadora além das gurias para o meu primeiro concurso, exemplo de sabedoria e dedicação a minha entidade, e Diretora Cultural da 5ª RT 2014-2015), Karen Kollet (minha cultural de 2008, avaliadora de 2013 e conselheira/ ajudante de 2015), Liane Cardoso (amiga de sempre, tradicionalista de fato), Luiz Clóvis Vieira (Coordenador da 5ª RT desde 2009, uma pessoa gigante, e que antes de ser Coordenador, acima de tudo é amigo e parceiro das prendas e peões), Carmem Carvalho (Diretora Cultural da Região 2008-2013), Yone Abero (minha eterna Patroa do CTG Sinuelo, quantas saudades tuas), Neri Ferreira Lopes e Cleomar Lourenço (patrões do CTG Sinuelo da Liberdade que viram e acompanharam minhas últimas gestões). Antes da despedida, aproveito este espaço para homenagear e elevar meu pensamento para abraçar os grandes tradicionalistas do meu CTG que já partiram, e que servem de exemplo até hoje para mim, além de fazerem uma falta tamanha: Alcino Teixeira da Rosa (meu avô Cici), Dinorah Soares Duarte, Mário Bezerra Duarte, Alcione Cid, Manoel Marques, Rosane Castilho de Freitas...
Desculpem se esqueci de alguém fundamental (neste caso, peço perdão e lhe denoto gratidão) porém não quero abusar muito deste espaço... Aproveito para me colocar a disposição a toda prenda e peão que necessite de auxílio, ajuda ou simplesmente queira trocar ideias (não tenho uma carreira tradicionalista vasta, tampouco conheço todas as coisas, mas estou sempre pronto para ajudar e trocar ideias, além de adorar uma boa prosa; contem comigo, não precisa ter vergonha, só chamar).
Forte abraço a todos.
Álbum de fotos:
Álbum de fotos:
Com Janine Appel no ENART 2016 - Foto de Rogério Bastos
Desfile Farroupilha 2016
Acendimento da Chama Crioula 2009
Apresentação no Concurso Regional 2009
Simpósio de Metodologia Tradicionalista - da Administração
às Práticas Culturais e Campeiras / Com Fraga Cirne
Seminário Regional de Prendas e Peões /
Palestra com a Sra. Odila Savaris
FECARS 2015 - Santa Cruz do Sul
Muito obrigada Christyan pela tua participação em nosso Cantinho!
Parabéns por toda a tua dedicação com o nosso Movimento... ele precisa ter sempre pessoas como você!
Um abraço a todos, e ótimo restinho de semana :)
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